A areia corria por entre meus dedos. Estava sentada, na praia. Momentos vinham em minha cabeça. Ela vinha em minha cabeça. Era impossível não sorrir. O dia estava lindo, o sol exalava simpatia. As pessoas sorriam, brincavam. O sorriso não saia de meu rosto. Demi tinha ligado e me chamado aqui. O que ela queria comigo, será? Não sei, a única coisa que eu conseguia pensar era em vê-lá, sentir seu cheiro, abraça-lá. Do nada, o tempo fecha. As nuvens aparecem cheias de água, relâmpagos começam a aparecer sobre o céu. E então, ela aparece. Sua expressão séria. Algo de errado iria acontecer. Veio até mim e eu me levantei.
Você: Olá meu amor. - disse e fui dar-lhe um selinho. Ela recuou. - O que foi? - perguntei confusa. -
Demi: Precisamos conversar, (seu nome). - ela disse séria. O medo tomou conta de meu corpo. Algo muito errado iria acontecer. -
Você: O que foi? - perguntei. - Pode falar, Demi. - disse. Ela suspirou e me olhou. -
Demi: Eu não quero mais nada com você. - disse simplesmente. -
Você: Como assim, Demetria? - perguntei assustada e confusa. -
Demi: Eu não quero mais nada com você, é difícil de entender? Você fica nesse lancinho de dar tempo ao tempo. Por favor, eu não quero isso. Além do mais, eu me dei conta de que não te amo. Não estou a fim de ficar esperando por você. Por isso, quero que vá embora da minha vida. - falou. Meus olhos encheram-se de lágrimas. -
Você: Como assim, Demi? Você.. não.. - suspirei. -
Demi: Caralho, você é lerda mesmo. - olhou-me friamente. - Eu não quero mais nada com você, garota. Foi tudo apenas um jogo. Estava sentindo-me carente, precisava de alguém. Eu nunca te amei e nunca vou te amar. Você é apenas uma garota do orfanato. Acha mesmo que eu iria te esperar? Achou mesmo que eu tinha realmente concordado com esse negócio de dar tempo ao tempo? Por favor garota, você é tão ingênua. - disse e sorriu debochada. -
Você: VOCÊ ESTÁ MENTINDO. - gritei. - VOCÊ ME AMA, É TUDO MENTIRA. - suspirei. - Demi, não faz isso comigo. Não faz isso com nós. Por favor. - disse, enquanto lágrimas percorriam a minha face. -
Demi: Nós? O "nós" nunca existiu. Apenas na sua cabeça. Eu não te amo mais, (seu nome). Você quis dar tempo ao tempo e acabou me perdendo. Agora, suma da minha vida. SUMA. - gritou a última palavra e saiu andando enquanto sorria debochadamente. Era como se o chão abrisse sobre os meus pés, eu não podia acreditar. Ela tinha mentido para mim. Eu pensei que ela amava-me verdadeiramente. Eu sou uma idiota. A culpa não é só dela. Se eu não fosse tão idiota, querendo dar "tempo ao tempo", isso não estaria acontecendo. Cai sentada na areia, chorando desesperadamente. Ela era o meu chão, meu ar, meu sorriso, meu tudo, minha vida. Eu precisava dela, necessitava dela. Ela não podia ir embora. -
Você: DEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEMI, NÃO. DEEEEEEEEEEMI. - gritei com todas as minhas forças. Mas, de nada adiantou. Já era tarde de mais. Tarde de mais para tê-lá em meus braços e beija-lá. Era tarde de mais. Eu tinha perdido o meu motivo para sorrir, o meu motivo para acordar todos os dias. Tinha perdido o meu motivo para viver. Tinha perdido o amor da minha vida. Eu e minha idiotice de dar tempo ao tempo. Agora, eu estou aqui, destruída. Sofrendo, chorando, sem ela. Eu á perdi. Eu perdi Demetria e tudo por burrice minha.
Eu acordei chorando. Meu coração estava acelerado, eu suava. Não podia acreditar. Tinha sido tudo apenas um pesadelo. E que pesadelo, hein. Suspirei aliviada. As lágrimas ainda escorriam por minha face. Esse pesadelo fez-me começar a pensar. Eu poderia perder, Demi. Será? Eu não poderia deixar isso acontecer. Falta apenas uma semana para o aniverário de Demi e então eu tive uma ideia. Eu não posso correr o risco de perde-lá, realmente não posso. Demetria tem que ser minha, de uma vez por todas.
Você: A Demi tem que ser minha. - sussurrei para mim mesma. Sorri. Deitei-me e adormeci enquanto pensava no que iria fazer. -
Demi Lovato narrando.
20 de agosto de 2012. O grande dia tinha chegado, meu aniversário. Acordei com um sorriso no rosto. Estava feliz por fazer aniversário. Tomei um banho rápido, sai, passei meus cremes, coloquei minha lingerie, vesti minha roupa, passei uma make leve e arrumei meu cabelo. Bateram na porta e eu pedi para entrar. Provavelmente era minha mãe. Quando a pessoa entrou, sorri instantaneamente. Para minha surpresa não erra minha mãe, era ela. A minha menina. Ela sorriu e veio até mim.
Você: Parabéns, pequena. - disse e abraçou. - Demi, eu quero que tu sejas a pessoa mais feliz de todo o mundo. Não esqueça o quão orgulhosa estou de você e principalmente, não esqueça o quanto eu te amo. - disse. Eu sorri. -
Demi: Obrigado, princesa. Eu também te amo, muito. - disse e nós nos beijamos. Nos separamos e sorrimos. Descemos abraçadas e sorri ao ver que estavam todos lá em casa. Quando me viram, vieram correndo e abraçaram-me. Começaram a pular, gritar, cantar parabéns. Eu ria muito. Amigos loucos, sem dúvidas. -
Miley: Amor da minha vida, parabéns, parabéns, parabéns, parabéns. - ela disse e abraçou-me. Ri. -
Demi: Obrigado Miles. - dei um beijo em sua bochecha. Todos vieram até mim e deram-me parabéns. -
Já era de noite. Aqui estou eu, terminando de me arrumar. Eu estava literalmente, ansiosa. (Seu nome) disse que nós iriamos jantar em sua casa hoje, apenas eu e ela. Eu já estava pronta. Terminei de passar a maquiagem e agora sim, totalmente pronta. Olhei-me no espelho de meu quarto e cara, eu estava realmente linda. Coloquei a mão sobre o colar que estava usando e sorri. Ela tinha me dado esse colar hoje. Era um colar cara metade. A minha metade, tinha gravado: "Forever and" e na parte dela, estava: "Always" e também tinha o coração da minha assinatura. Era tão perfeito. Ela era perfeita. Desci as escadas e meus pais olharam-me.
Dianna: Nossa, você está linda filha. - ela sorriu. -
Demi: Obrigado, mãe. - disse. -
Eddie: Irá dormir em casa hoje, querida? - perguntou para mim. -
Demi: Não. Irei dormir na casa da (Seu nome). - disse. - Boa noite. - falei e dei um beijo na bochecha de cada um. Sai de casa, entrando no meu carro. Dei á partida em direção a casa da minha garota. Realmente, estava ansiosa. Quando cheguei, guardei meu carro na garagem de sua casa. Sai do carro e fui até a porta de sua casa. Toquei a campainha e ela logo abriu. Um sorriso iluminou meus lábios. Ela estava perfeita. - Você está perfeita. - disse. -
Você: Não mais que você. - ela disse, fazendo-me corar. Sorri tímida. Ela pegou em minha mão. - Entra Demi. - falou. Entrei, ela fechou a porta em seguida. Eu sorri ao olhar para o chão. Foi seguindo o caminho de pétalas de rosas. A casa inteiro praticamente, estava iluminada á luz de velas. Luzes fracas, uma música lenta e baixa tocando ao fundo. Perfeito. Ela levou-me até a mesa, que também estava perfeita. Nos sentamos. -
Demi: Está tudo perfeito, (seu nome). - falei sorrindo. -
Você: Você merece muito mais, Demi. - ela disse, fazendo-me corar novamente. Jantamos entre conversas, risadas. O jantar estava perfeito. Quando terminamos de comer, (seu nome) esticou sua mão por cima da mesa, pegando a minha e á acariciando. - Eu preciso te dizer algumas coisas. - falou. -
Demi: Pode falar. - disse, curiosa. -
Você: Quando nós nos reencontramos depois de um ano, tudo voltou á tona. Os sentimentos que estavam guardados voltaram. Os efeitos que você tinha sobre mim, continuaram os mesmos. Eu acreditei quando você contou-me a história do Wilmer, porque eu pude ver a sinceridade, a verdade nos seus olhos. Mas, mesmo assim, pedi para irmos com calma. Eu não queria apressar as coisas e acabar estragando tudo. Só que, eu sinceramente não aguento mais. Eu quero você, eu preciso de você. - ela sorriu para mim. - Nos dias em que estiver tudo contra nós, o dia que o mundo parecer tão escuro. Nos dias em que você cair e derramar lágrimas. Nos dias em que você sentir dor. Nos dias em que você não quiser ninguém por perto e precisar ficar sozinha. Não diga nada, pois eu estarei com você meu amor. Nos dias em que você estiver magoada comigo, não diga nada, porque eu irei segurar na tua mão, olhar nos teus olhos e dizer-te que eu amo você. - uma lágrima escorreu de meus olhos. - Eu amo você como eu nunca amei alguém em toda a minha vida, Demi. Você me faz feliz, simplesmente com um sorriso. Eu te quero, simplesmente. - ela falou e tirou uma caixinha de dentro da jaqueta que estava usando. Estendeu por cima da mesa, para mim. Sorriu. Peguei-a e abri a caixinha, revelando duas alianças lindas. O meu coração disparou, não podia acreditar. - Demi, você aceita namorar comigo? - perguntou. Lágrimas escorriam de meus olhos. -
Demi: Sim. - olhei-a. - Eu aceito, meu amor. - falei sorrindo. Nos levantamos, ficando frente á frente. Ela pegou uma das alianças e deslizou-a pelo meu dedo anelar. Não conseguíamos parar de sorrir. Peguei a outra e lentamente coloquei em seu dedo. Em seguida, entrelaçando nossas mãos. O sorriso não saia de nossos rosto. Nos aproximamos lentamente, colando nossas testas. - Eu te amo. - sussurrei. -
Você: Eu te amo. - sussurrou também. Nos aproximamos mais e colamos nossos lábios. Sua língua invadiu-me com rapidez. O choque percorria todo o meu corpo. Eu não conseguia controlar minha felicidade. Ambas sorrimos entre o beijo. Finalmente, tudo estava perfeito novamente. Ela era minha novamente. Minha namorada. -
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